As peças de Strindberg reunidas na Trilogia obedecem a uma progressão: (1) Credores é um triângulo amoroso em torno de uma sedutora; (2) Pária é um duelo sobre a culpa, entre dois homens que cometeram crimes no passado; (3) A Mais Forte é um solilóquio de uma mulher, que fala face a outra (a amante do marido) que não diz nada. São todas jogos de poder estabelecidos através da manipulação argumentativa que as personagens tentam umas em relação às outras. Os mesmos três atores interpretaram as três peças. A primeira peça foi encenada por Rogério de Carvalho e as duas seguintes por Jorge Andrade partindo da experiência com o encenador convidado. Uma televisão interrompia a ação de Pária com ruído branco e era usada em A Mais Forte para que a atriz contracenasse consigo própria. As três peças foram apresentadas num único espetáculo, sobre um quadrado branco, onde os mesmos móveis e uma lebre embalsamada iam variando de posição.

textos August Stridberg ‧ tradução Luiz Francisco Rebello (Credores e Pária) e mala voadora (A Mais Forte) ‧ encenação Rogério de Carvalho (Credores) e Jorge Andrade (Pária e A Mais Forte) ‧ com Anabela Almeida, Jorge Andrade e Manuel Wiborg ‧ cenografia e figurinos José Capela ‧ luz Jorge Ribeiro ‧ fotografia Steve Stoer (promoção) e Susana Paiva (cena) ‧ design gráfico Suzana Vaz ‧ produção executiva Magda Bull ‧ assessoria de imprensa Ana Teresa Leal ‧ coprodução Actores Produtores Associados, Coimbra Capital da Cultura 2003 e Casa das Artes de Famalicão ‧ financiamento Ministério da Cultura – Instituto das Artes ‧ apoio Fundação Calouste Gulbenkian ‧

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23 e 24 de maio 2003 ‧ Museu dos Transportes (no âmbito de Coimbra 2003 Capital Nacional da Cultura) (Credores, a primeira peça da Trilogia, estreou sozinha.)

3 a 5 de outubro 2003 ‧ Casa das Artes de Famalicão

10 de outubro 2003 ‧ Centro Cultural de Paredes de Coura

18 de outubro 2003 ‧ Centro Cultural Raiano (Idanha-a-Nova)

24 e 25 de outubro 2003 ‧ CAPa (Faro)

4 a 6 de novembro 2003 ‧ Teatro Municipal Rivoli (Porto)

28 de novembro a 8 de dezembro 2003 ‧ Centro Cultural de Belém (Lisboa)