Orgia reflete as inquietações presentes em toda a carreira de Pier Paolo Pasolini. É uma tragédia contemporânea sobre a diversidade e sobre os impulsos obscuros e violentos que movem o ser humano. Mais do que uma peça de teatro, Orgia pode ser definido como um poema a várias vozes, ou um oratório laico que exprime, entre lirismo e declaração, a crise da sociedade contemporânea, representada através de uma obsessão individual. Na peça, o mistério da fertilidade e os problemas da identidade encontram a obsessão pelo sexo, objeto de culpa e meio de conhecimento: eis então o delírio de um casal, uma orgia sangrenta de palavras que encontra a sua essência no reconhecimento da diversidade. Não é, no entanto, uma história pornográfica ou erotizada. Orgia pertence ao terreno das ideias: um teatro de palavras, conjugadas pela carne, que Nuno M Cardoso nos apresenta com Albano Jerónimo, Beatriz Batarda e Marina Leonardo.
texto Pier Paolo Pasolini ‧ tradução Pedro Marques ‧ direção Nuno M Cardoso ‧ interpretação Albano Jerónimo, Beatriz Batarda, Marina Leonardo ‧ instalação Ivana Sehic ‧ desenho de luz Rui Monteiro ‧ assistência de desenho de luz Teresa Antunes ‧ figurinos Sara Miro ‧ som Óscar Correia ‧ fotografia Susana Chicó ‧ direção de produção Francisco Leone ‧ produção executiva Luís Puto ‧ produção Teatro Nacional 21 ‧ coprodução Teatro Viriato – Viseu, Centro Cultural Vila Flor – Guimarães | Oficina ‧ apoios Adelaide Castro, AMANDA, Circolando, Emanuel Abrantes, Ira de Jesus, João Rento Baptista, Lola Sousa, Mala Voadora, Polo Cultural das Gaivotas, Rodrigo Queirós ‧ agradecimentos Pro Dança, Paulo Capelo Cardoso ‧
27 de janeiro a 15 de fevereiro ‧ mala voadora