LEBRE – Lances de Hermes é um espetáculo da palavra enquanto imagem-tempo, de hip-hop filosófico, de teatro de cabaret para os cidadãos digitais. O projeto toma como ponto de partida a ideia de que estamos numa era da velocidade e da comunicabilidade, que são atributos da figura mitológica de Hermes; sob outra perspetiva, assume um diagnóstico de inflação hermética, na medida em que a cultura contemporânea do ocidente sofre de manipulação da informação, de dissolução de valores, de comodificação da cultura e das artes. Alexandre Pieroni Calado e João Ferro Martins aprofundam neste projeto uma reflexão sobre o tempo presente a partir da revisitação da tradição greco-latina já encetada em O Declive e a Inclinação – Fragmentos do mito de Sísifo e A Morte nos Olhos – sobre o mito de Perseu e Medusa. Agora, Lebre – Lances de Hermes é um oratório-downtempo que investiga criativamente o ambíguo ascendente de Hermes na nossa época, em especial o dinamismo compulsivo e a acelerada dispersão dos regimes de verdade.
conceção, dramaturgia, encenação, interpretação Alexandre Pieroni Calado ‧ conceção, criação plástica, direção musical, interpretação João Ferro Martins ‧ texto original José Miranda Justo ‧ cocriação musical e interpretação Raquel Pimpão, Sofia Queiroz ‧ voz off José Miranda Justo, José Smith Vargas ‧ design gráfico vídeo e livro Ilhas Studio - Catarina Vasconcelos e Margarida Rêgo ‧ figurinos Marisa Escaleira ‧ direção técnica Sandro Esperança ‧ design de comunicação Miguel Pacheco Gomes ‧ produção executiva Marta Frade ‧ produção A+ /Artes e Engenhos ‧ financiamento Direção Geral das Artes/Governo de Portugal, CMAlmada ‧ apoios Latoaria, FCT-UNL, mala voadora, Duplacena, Primeiros Sintomas, RDP Antena 2, RDP África ‧
3 de dezembro ‧ mala voadora