O programa ARTISTAS DOURO atribui, com base num concurso aberto, 5 bolsas a 5 artistas do Porto, com financiamento da Câmara Municipal do Porto.

Declaração de Dependência – Versão 2 aborda a relação entre diabetes mellitus, açúcar e amor, unindo narrativas pessoais e novas formas de escrita cénica. Na performance, Diogo Liberano questiona o impacto cultural da frase “diabéticos não podem comer açúcar”, aprendida desde a infância, e transforma sua relação com essa substância em metáfora para investigar a sua própria abertura à doçura e ao amor. Diabético desde os seis anos, o dramaturgo revisita histórias vividas de 1994 até hoje, propondo que revisemos certezas que, muitas vezes, já estão mortas, mas continuam a guiar as nossas relações.
Em cena, três modos distintos de escrita são articulados: uma escrita que é feita através de gestos e movimentos, outra que é feita através da leitura de histórias previamente escritas e, por fim, uma escrita realizada em direto, onde o performer compõe as ações e os textos que são agidos e ditos para o público de cada noite. Declaração de Dependência – Versão 2 valoriza a experiência artística como um encontro vivo e, em especial, celebra a aposta de que “uma pessoa doente só existe se estiver viva”.
A performance é uma continuidade do projeto homónimo iniciado por Liberano através da sua plataforma, Platô – Pesquisa e Produção. Nesta nova versão, ele reúne parceiros de projetos anteriores, como o dramaturgista Gustavo Colombini e o diretor musical Rodrigo Marçal, e trama novos encontros com o iluminador Tomás Ribas, a coreógrafa Mayara Máximo, o artista visual Jérémy Tomczak e a produtora Maria Carvalho Vasquez.

Declaração de Dependência – Versão 2 conta com a coprodução da Bolsa de Criação Artistas Douro, atribuída pela mala voadora, com financiamento da Câmara Municipal do Porto, e com o apoio de instituições como o CAMPUS Paulo Cunha e Silva e o MEXE Associação Cultural.