Real/show partiu do livro The 101 most influential people that never lived, sobre as ficções das mais populares personagens e sobre os fenómenos associados ao seu sucesso: os valores que disseminam, a influência que exercem, os produtos que vendem ou os maus efeitos que surtem. Com um formato próximo do de um documentário, em real/show todas as personagens mostradas (do Drácula à Cinderela, do Zorro ao Bambi) têm a cara do “documentarista”. Este espetáculo esteve na origem de outro: O Duplo.

A música e a luz anunciam o início de um grande espetáculo. Um homem de smoking entra, para e permanecerá imóvel até ao final. Apenas irão variar a luz que incide sobre ele, a banda sonora (músicas sobre personagens interpretadas ao vivo por dois cantores) e o vídeo que serve de fundo a todo o palco. Em sucessivas sequências de cenas retiradas de dezenas de filmes, personagens vão sendo descritas, mandadas matar, homenageadas após a sua morte e, por fim, numa sequência de 20 minutos, mostradas a morrer. O Duplo é uma suspensão distrativa em torno da possibilidade da personagem, ou da potencial alteridade do ator.

direção Jorge Andrade com Ana Brandão, Bruno Huca e Jorge Andrade cenografia José Capela vídeo António Gonçalves e Carlos Conceição banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins luz João d'Almeida coprodução Festival Temps d’Images (CCB)

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6 a 7 de novembro 2009 ‧ Festival Temps d'Images (CCB) (Lisboa)

11 a 14 de novembro 2009 ‧ Negócio (ZDB) (Lisboa)