Chinoiserie partiu de uma coleção de cerca de 2000 bibelots. O espetáculo desenvolve-se como um duelo entre dois planos: uma cena de teatro com dois atores e, ao lado, a apresentação dos bibelots num vídeo de grande formato (organizados em diferentes séries). Entre os dois planos vão-se estabelecendo, ao longo do espetáculo, ora contrastes, ora paralelismos. Face à sua dificuldade em competir com as imagens, os atores fazem uma incursão pelo plano do vídeo, onde cantam músicas pop que se referem ao Oriente (I Like Chinese, Little China Girl, Big in Japan, etc.); quando regressam ao seu cenário, enveredam por uma descrição detalhada de centenas de bibelots. O espetáculo termina com a exibição dos bibelots “ao vivo” que afinal, na sua pequenez, faziam parte do cenário da cena teatral.
Chinoiserie (título que alude à apropriação cultural do “exótico” por parte da Europa) é uma deambulação em torno da construção de identidade cultural, designadamente iconográfica. O interesse dos bibelots está, tanto na possibilidade de eles serem fiéis àquilo que representam, como na sua capacidade de originar representação.
direção Jorge Andrade ‧ texto Miguel Rocha ‧ com Anabela Almeida e Bruno Huca ‧ vídeo Rui Ribeiro com a colaboração de Ricardo Sequeira e Sérgio Aragão ‧ luz José Álvaro Correia ‧ música Rui Lima e Sérgio Martins ‧ fotografia de cena José Carlos Duarte ‧ produção Magda Bull ‧ coprodução Teatro Municipal Maria Matos, O Espaço do Tempo, Citemor ‧ apoios Comuna Teatro de Pesquisa, Teatro da Garagem ‧
12 a 14 de junho 2009 ‧ Teatro Municipal Maria Matos (Lisboa)
13 de agosto 2009 ‧ Citemor 2009 (Montemor-o-Velho)
25 de setembro 2009 ‧ Festival Circular (Vila do Conde)