A mala voadora e o Teatro Oficina colaboraram para produzir dois espetáculos: (1) Marcos Barbosa encenou Jorge Andrade no monólogo Título e Escritura de Will Eno, e (2) juntaram-se atores trazidos por ambas as companhias para Jorge Andrade encenar A Sala Branca de Don DeLillo.
O protagonista de Título e Escritura surge no palco como um viajante que, na sua errância, encontra o público da sala. Explora essa situação. Deambula por aquilo que lhe ocorre pensar no momento, sobretudo sobre o seu próprio passado. Confronta o público à sua frente com a sua suposta biografia. Confronta-o com recordações que não são felizes. Autoflagela-se. O discurso mantém-se entre a retórica de representação própria de quem faz um “papel” (a suposta verosimilhança da personagem) e a retórica da não-representação (a suposta verosimilhança do ator a ser ele próprio). O espetáculo termina e ficamos sem saber que viagem é esta que ele faz e que o trouxe até à sala de teatro.
texto Will Eno ‧ tradução e encenação Marcos Barbosa ‧ com Jorge Andrade ‧ cenografia e figurino José Capela ‧ luz Ricardo Santos ‧ coprodução mala voadora e Teatro Oficina ‧ produção João Lemos ‧ assessoria de gestão e programação Vânia Rodrigues ‧
24 de julho 2013 ‧ Fábrica ASA (Guimarães)
26 de julho 2013 ‧ Centro de Criação de Candoso (Guimarães)
27 de julho 2013 ‧ Auditório do Centro Social e Paroquial de Ronfe (Guimarães)
28 de julho 2013 ‧ Auditório Pavilhão Coelima (Guimarães)
4 a 7 de setembro 2013 ‧ Negócio-ZDB (Lisboa)
30 de novembro 2013 ‧ mala voadora (Porto)
8 de fevereiro 2014 ‧ Centro Cultural do Mindelo (Mindelo, Cabo Verde)
6 de junho 2015 ‧ Associação de Moradores do Bairro Social da Pasteleira (Porto)