Para imaginar o que poderá ser o paraíso, a mala voadora convidou outros artistas. A primeira tentativa foi feita com a parisiense Association Arsène e com o músico alemão Simon Rummel. Do encontro entre eles, resultou Paraíso #1: um musical a três vozes em que se descreve uma paisagem. Pelas suas qualidades, o lugar a que eles se referem poderia ser um paraíso, mas eles concluem que inventar uma paisagem, ou o paraíso, é também inventar o modo de os descrever. Como se explica nos manuais do pitoresco do século XVIII, é preciso saber como compor o idílio da paisagem. “As obras da natureza parecem-nos tão mais agradáveis quanto mais se assemelham às da arte” (Joseph Addison). Em contraponto, o espetáculo vai sendo interrompido pelas movimentações de uma tela em branco, que insiste em surgir, vinda de lugares diversos.
O espetáculo tem lugar dentro de uma obra de arte: o cenário é uma réplica de uma instalação de Joseph Kosuth.
de e com Jorge Andrade, Odile Darbelley e Simon Rummel ‧ banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins, com as vozes de Ana Brandão e Bruno Huca ‧ colaboração e cenografia José Capela e Michel Jacquelin ‧ colaboração dramatúrgica David Cabecinha ‧ imagem de divulgação António MV ‧ fotografia de cena José Carlos Duarte ‧ produção João Lemos ‧ assessoria de gestão e programação Vânia Rodrigues ‧ coprodução mala voadora, Association Arsène, Maria Matos Teatro Municipal, Théâtre des Bernardines, O Espaço do Tempo, tanzhaus nrw e Marseille-Provence 2013 – Capital Europeia da Cultura ‧ financiado por Institut Français, Conseil Régional PACA e EHESS Paris (Labex) ‧
22 de novembro 2013 ‧ Gare France (Marselha, França)
26 a 29 de novembro 2013 ‧ Teatro Municipal Maria Matos (Lisboa)
30 de novembro 2013 ‧ mala voadora (Porto)