Nas vésperas do cinquentenário da Revolução de Abril de 1974, considerada muitas vezes um epílogo na história das revoluções políticas, o que é feito da ideia de revolução e que olhar lançamos hoje sobre a sua história política, social e cultural? Estas questões são o ponto de partida para reflexões e discussões num Encontro que reúne especialistas e estudiosos de várias disciplinas e de diferentes latitudes. A ideia e a experiência revolucionárias, alimentadas por uma tensão a que se dava o nome de “progresso”, configuraram e legitimaram o discurso da modernidade, provocaram ruturas e interrupções violentas na ordem social e política, determinaram novas representações da história a que correspondem novos regimes de temporalidade. A nossa época é marcada por revoltas e já não por revoluções: o imaginário da revolução e as suas próprias condições de possibilidade parecem ter chegado ao seu fim e suscitam geralmente um olhar crítico. A palavra “revolução”, uma metáfora que quase se tinha cristalizado num sentido político e social, viu-se agora devolvida às figurações eminentemente metafóricas, como são a “revolução tecnológica”, a “revolução digital” ou a “revolução ecológica”.

com m António Guerreiro, Dario Gentili, João Pedro Cachopo, José Gil, José Neves, Kitty Furtado, Marta Lança, Sinziana Ravini, Reginaldo da Silva curadoria António Guerreiro direção artística da mala voadora Jorge Andrade e José Capela direção técnica João Fonte apoio técnico Luís Rabaçal direção de produção Joana Mesquita Alves produção Sofia Freitas e Inês Lopes

A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura / Direção-Geral das Artes.

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11 e 12 de novembro ‧ mala voadora