Se “História Ocidental” nos diz que, no Renascimento, a cultura clássica serviu de referência à entrada num período de antropocentrismo, a mitologia clássica, por sua vez, é também um âmbito de miscigenação entre o humano e o não-humano. “Formas mudadas em novos corpos”. São isso as Metamorfoses de Ovídio: cerca de 250 narrativas sobre transmutações de seres humanos e sobre-humanos – deuses, ninfas, sátiros, monstros – noutros seres, e também “em pedras, fontes, rios, estrelas e muitas outras coisas”, para contar a História do Mundo. A mala voadora tomou como referência as Metamorfoses de Ovídio para recriar a História do Mundo através de um conjunto de corpos pintados – figuras de natureza simultaneamente humana e abstrata, simultaneamente presentes e ficcionais, reconhecíveis e transcendentes. Um elogio da instabilidade das formas.

Concebida para comemorar os 15 anos da mala voadora, esta performance integrou muitas das pessoas que colaboraram com a companhia: atores e atrizes, mas também profissionais da área produção, design de luz, fotografia, edição de imagem, etc.

conceção e direção Jorge Andrade, com assistência de Maria Jorge banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins fotografia de cena José Caldeira coprodução Câmara Municipal do Porto / Fórum do Futuro

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9 de novembro 2018 ‧ mala voadora (Porto - performance no âmbito do Fórum do Futuro)

10 de junho 2019 ‧ Studio Hrdinů (Praga, República Checa - performance no âmbito da Quadrienal de Praga)

23 de julho 2021 ‧ Hosek Contemporary (Berlim, Alemanha)